Vamos celebrar a estupidez humana
Hoje é "O Oito de Março", dia da mulé. Francamente. Embora os lindos textos que li, persisto na idéia de que manter a idéia de um dia dedicado à mulher é perpetuar um símbolo de opressão: ora, para que se precisa um dia especial para honrar as mulheres? Mulheres (e homens e crianças e velhinhos e velhinhas e púberes, por mais chatos que sejam) devem ser honrados TODOS os dias.
Mas é assim com tudo que é data festiva, momentos de expiação de culpas judaico-cristãs. O dia das mães e dos pais e até das crianças são marcados por cartões dedicados a fazer chorar e presentes muitas vezes caros ("dê jóias para sua mãe! dê um celular/carro para seu pai!") que, judaico-cristamente, substituem o carinho e o respeito que devíamos ter por quem amamos, em todos os dias de nossa vida.
O dia da mulé não é muito diferente, e se assemelha ao dia do trabalho por ter sua gênese em uma tragédia. O Oito de Março de 1857 foi marcado pela morte de centenas de operárias, queimadas por policiais em uma fábrica têxtil de New York. O motivo da resposta dura e quente dos homens da lei: elas reivindicavam a redução da jornada de trabalho de 14 para 10 horas e o direito à licença-maternidade (veja bem, de CATORZE horas para DEZ horas diárias de trabalho E licença-maternidade, que vadiagem!). Em homenagem às vítimas, o Oito de Março foi instituído em 1911, por algum político marqueteiro norteamericano (EEUU, the home of the marketing), que apresentou a proposta à ONU que, por sua vez, vendeu a xurumela a todos os países ocidentais.
I'm sorry, all you folks of the media and the marketing, mas eu NÃO quero celebrar a data em que mulheres trabalhadoras, que lutavam por um mínimo de dignidade e respeito, viraram churrasquinho. RECUSO-ME a sentir-me homenageada, bonita, faceira ou feliz nesse dia, e não há jóia, carro, celular, Lancôme ou Moschino que me façam mudar de idéia.
Não vou celebrar a estupidez humana e conclamo você, Leitor Amigo e Leitora Amiga, para que se junte a mim.
Em vez de agradecimentos bobos e derretidos para sua funcionária, sua empregada doméstica, sua irmã, sua mãe, sua filha, sua chefe, em vez de rosinhas baratas na porta dos supermercados ou postos de gasolina, em vez de balinhas ou bombons envoltos em tolos papéis rosa com fitinhas, sugiro a abolição do Oito de Março e sua substituição por uma atitude global de mais dignidade, respeito e carinho pela Mulher. Mesmo que ela seja sua rival. Mesmo que ela tenha ido ao seu casamento sem convite. Mesmo que agora ela namore seu ex-namorado. Mesmo que ela ganhe mais do que você. Mesmo que ela limpe o seu vaso sanitário.
Fica o desejo que todos nós, homens e mulheres, saibamos ter amor, paciência, complacência, compaixão com os que nos são caros. Nos momentos de conflito e em todos os dias de nossas vidas.
Mas é assim com tudo que é data festiva, momentos de expiação de culpas judaico-cristãs. O dia das mães e dos pais e até das crianças são marcados por cartões dedicados a fazer chorar e presentes muitas vezes caros ("dê jóias para sua mãe! dê um celular/carro para seu pai!") que, judaico-cristamente, substituem o carinho e o respeito que devíamos ter por quem amamos, em todos os dias de nossa vida.
O dia da mulé não é muito diferente, e se assemelha ao dia do trabalho por ter sua gênese em uma tragédia. O Oito de Março de 1857 foi marcado pela morte de centenas de operárias, queimadas por policiais em uma fábrica têxtil de New York. O motivo da resposta dura e quente dos homens da lei: elas reivindicavam a redução da jornada de trabalho de 14 para 10 horas e o direito à licença-maternidade (veja bem, de CATORZE horas para DEZ horas diárias de trabalho E licença-maternidade, que vadiagem!). Em homenagem às vítimas, o Oito de Março foi instituído em 1911, por algum político marqueteiro norteamericano (EEUU, the home of the marketing), que apresentou a proposta à ONU que, por sua vez, vendeu a xurumela a todos os países ocidentais.
I'm sorry, all you folks of the media and the marketing, mas eu NÃO quero celebrar a data em que mulheres trabalhadoras, que lutavam por um mínimo de dignidade e respeito, viraram churrasquinho. RECUSO-ME a sentir-me homenageada, bonita, faceira ou feliz nesse dia, e não há jóia, carro, celular, Lancôme ou Moschino que me façam mudar de idéia.
Não vou celebrar a estupidez humana e conclamo você, Leitor Amigo e Leitora Amiga, para que se junte a mim.
Em vez de agradecimentos bobos e derretidos para sua funcionária, sua empregada doméstica, sua irmã, sua mãe, sua filha, sua chefe, em vez de rosinhas baratas na porta dos supermercados ou postos de gasolina, em vez de balinhas ou bombons envoltos em tolos papéis rosa com fitinhas, sugiro a abolição do Oito de Março e sua substituição por uma atitude global de mais dignidade, respeito e carinho pela Mulher. Mesmo que ela seja sua rival. Mesmo que ela tenha ido ao seu casamento sem convite. Mesmo que agora ela namore seu ex-namorado. Mesmo que ela ganhe mais do que você. Mesmo que ela limpe o seu vaso sanitário.
Fica o desejo que todos nós, homens e mulheres, saibamos ter amor, paciência, complacência, compaixão com os que nos são caros. Nos momentos de conflito e em todos os dias de nossas vidas.
1 Comments:
Concordo plenamente com você. A atitude tem de ser mais globalizada, respeitoa, carinhosa e DIÁRIA para com as mulheres ! Incutamos nas cabecinhas das incautas que é muito abaixo de pouco, se contentar com o dia de hoje !
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