Monday, January 24, 2005

Don't stand so close to me

closer

Closer é a mais nova façanha de Mike Nichols, que há tempos não façanhava tão bem. Mas vamos combinar que com Clive Owen na sua melhor forma e com os talentosos olhos oblíquos desparceirados de Natalie Portman, ficou fácil. Ou menos difícil.

É um filme sobre relacionamentos que consegue não matar o espectador de tédio. Cativa pela sua simplicidade e percuciente franqueza, muito mais *a vida como ela é* do que a minissérie nelsonrodrigueana do Fantástico de tempos idos conseguiu arremedar.

O plot se desenvolve sobre a aproximação dos elementos que formam os casais primários e o distanciamento que os levará a constituir os casais secundários do filme. A questão quatrilhesca do troca-troca instiga as pessoas a assistir, mas isso não é - repito: não é - o que o filme tem de visceral. Mike Nichols despe as pessoas (dos personagens) de si mesmas e as exibe numa total crueza de máscaras e riqueza de contradições.

Prepare-se para se ver na tela. E não gostar.

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It smells like heaven, babe.

Opiniõezinhas:
--> Jude Law trabalha magistralmente - seu personagem é totalmente detestável.
--> Clive Owen é *O Homem*, period. Meu número. Vai ser bom assim lá em casa.
--> Julia Roberts é sempre Julia Roberts, e todo mundo - eu inclusive - fica esperando demais da moça depois de Erin Brockovitch. Ela está soberba como a mulher fraca fantasiada de forte.
--> Natalie Portman é um caso a parte. Ela é adorável em todos os sentidos. Daquele corpinho angelical e miúdo emana uma força assustadora quando em cena. É uma das grandes atrizes norteamericanas, independentemente do rumo que sua carreira tome ou do que a crítica venha a dizer.

Sugestãozinha do dia:
--> Vá com tu pareja e somente se o relacionamento estiver bem estabilizado *E* em boa fase - ou se a pareja for ocasional e vocês estiverem interessados apenas no corpinho um do outro. Do contrário, vocês poderão passar semanas em uma nauseante DR muda e tácita.