Silicon Valley Pin-Ups
Eu só quero é ser feliz
Ser pin-up e popozuda na favela onde eu nasci, é!,
E poder me orgulhar
Viver na ilusão que, com peitão, tenho lugar
A febre do silicone veio vindo, veio vindo. Assim como o impulso irrefreável de lipar, sugar, cortar e suturar. Reformar o corpo, dar-lhe novos (e socialmente aceitos) contornos, oh! suprema maravilha. Mulheres às pencas desfilam pences nem tão bem-arrematadas assim.
Os ansiosos por *reconfiguração de lay-out* atravessam a tênue linha entre a sanidade e a demência quando não se contentam mais em juntar o suado dinheirinho para pagar uma cirurgia plástica de qualidade em suaves prestações e permitem que carniceiros desqualificados enxertem todo o tipo de coisas no seu corpo. O resultado: perdê-lo aos pedaços.
O mote: se não se puder ter *O Corpo*, então é melhor não ter corpo algum.
O aleijão resultante espelha tão-somente a deformidade há muito alojada no (in)consciente coletivo.
A ilustração sobre foto de Jayne Mansfield veio daqui. Amay! Recomendo muito o tour completo.
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