Monday, August 09, 2004

Alice in Wonderland

O Chefe. O mais sensacional e neurastênico ser com quem trabalhei. Sempre com pressa. Sempre era tarde. Éramos uma dupla caoticamente sincronizada: ele, o Coelho (“é tarde, é tarde, é tarde até que arde!”); eu, o Chapeleiro Maluco (“mas quem sabe um café? – relaxa, for lóve”). Pairando sobre nós, os estranhos desígnios do Acaso, brincando de cabra-cega com a Justiça.
Enquanto trabalhamos juntos, a Sorte sorriu para mim o sorriso lisérgico do Cheshire Cat (sempre lá o sorriso, mesmo que a Sorte em si não se fizesse presente). A vida era corrida e boa. O esforço era grande e o reconhecimento, sincero.
Tão sincero que, mesmo passados os anos, ele não esqueceu.
Nem eu.

--> deus, dê-me uma chance de acreditar: cuide bem do Chefe e de suas meninas. Amém.

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