Friday, January 28, 2005

Nas dobras da noite

Nesta noite, sonhei que estava na rua dos meus pais e me encontrava com um senhor que me levou a vastas emoções e pensamentos imperfeitos para depois sapatear sobre meu pobre coração partido. Ele portava uma basta cabeleira à Príncipe Valente (!), só que pintada de acaju (!!!) - o que é muito estranho, porque ele é, digamos, semicalvo.

Estacionado ali perto estava o carro dele (que, como todo menino, adora carros). Algo como uma Maserati hiperfuturista de design retrô, angulosa, linhas retas, de uma linda linda cor de verde-menta-mar-metálico. Ele mirava-me de esguelha, por cima do ombro, com olhos magoados, derivando uma dor que veio daquela doçura de outrora que não volta mais. Não virou seu corpo em minha direção. Nem uma única vez. Porém tampouco parou de olhar-me por sobre o ombro. Nem uma única vez.

Príncipe Valente, Mefisto mandou-me dizer-lhe: it's time to let go.
De talismã, leve meu beijo. Boa sorte.

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