Friday, July 30, 2004

Thanks for sharing!

A internet é um lugar de texto e, quando muito, de fotos. As pessoas vão se aproximando principalmente pelo texto, veículo número um - porque imagem não fica muito fácil, e tem quem não goste (como eu) de botar o seu semblante descabelado na rede. Foi pelo texto que me apaixonei pelos meus amigos, eles lá, eu aqui, mas igual gostando muito, são tantas coisas parecidas, tantos traumas, conselhos, mulherzices e wordplay e curiosidades e testes bobos e as pequeninas coisas de nossas rotinas, sonhos e neuroses cuidadosamente cultivadas.
Confesso que sou pedante e aprecio deveras um certo grau de elaboração, uma sutileza, uma vírgula a mais ou a menos que fazem toda a diferença. Pois é texto sobre nós e nossas mundanidades, mas é texto de toda forma, para ser lido ou talvez até degustado com os olhos.
Disse-me um senhor que me faz sorrir que, nos blogs, todos são aquilo que gostariam de ser. A persona oculta se manifesta em todo o seu vigor arquetípico, dominando o escriba internético como os cavalos dos santos nas festas umbandistas. E é. Aqui estou, sentada, descabelada, na frente de uma tela brilhante, mas ao mesmo tempo aí estou eu, dançando como uma princesa nua e debochada e linda pelo texto, tentando seduzir você, leitor, tentando convencê-lo a continuar me acompanhando até que as linhas se acabem, para então, se valer a pena, ler de novo e de novo, como se lêem os corpos dos amantes.
Por essas e outras é que alguns textos me conquistaram irremediavelmente e seus autores fizeram de mim adicta. E por isso também que procuro despessoalizar um pouco quando escrevo, pois não o faço para mim ou para você, que lê nesse exato instante, eu o faço um pouco para todos nós e não quero que isso se pareça com reunião do qualquercoisa-Anônimos e nem com diário de adolescente. Quero apenas que você sinta lá no âmago do seu ser uma doçura, ou uma dor, ou alguma coisa, qualquer coisa, e que essa coisa, que nos faz deliciosamente e desesperadoramente humanos, essa coisa traga algum sorriso, alento, alegria, conforto.

E aí, (fuma cigarrinho, copyright Cam Seslaf), foi bom para você? ;D

Wednesday, July 28, 2004

*Looooo-ve is a many spleeeen-dored thing, la la laaaa*

Dei para berrar melodiosamente musiquinhas jazz e blues depois de uma sessão de amor, sublime amor, de deixar os olhos esgazeados, arregalados, marejados, estrebuchando no sofá (ele ama o sofazinho. ele não gosta de mim, ele gosta é do sofazinho), coberta de suor e de deliciosas secreções e pensamentos imperfeitos.
A gata saiu correndo, apavorada.
Ele também. Nem mesmo o sofazinho foi capaz de segurá-lo. 

(mas por que será, hein, que precisei fazer esse gritedo musical depois de tantos deliciosos detalhes tão pequenos de nós dois?)

'Cause my heart belongs to daddy

Menininhas ocidentais criadas a *Bela Adormecida* e *Cinderela*, assistindo *Casal 20* e sonhando com someone to watch over me são presas fáceis de todo o tipo de armadilha psicológico-afetiva. Por essas e outras é que meu pai, desde a tenríssima infância de suas garotinhas, dava-nos presentes de Dia dos Namorados. Sempre acompanhado de um cartão didático à la Marina Colasanti, ensinando como éramos boas, inteligentes, belas e únicas e declarando, sem sombra de dúvida, quão afortunado seria o futuro consorte - que deveria satisfazer, também, os nossos anseios de companheirismo, amor e camaradagem.

Pois é, pai. Aprendemos a não nos deixar levar por pouca coisa. Especialmente por causa da bombástica afirmação: "esse cartão te é dado pelo teu Primeiro Namorado, em nome daquele que ainda não te encontrou, mas que já existe e te espera para te fazer muito feliz".

Não sei se algum dia eu e esse senhor vamos nos encontrar. Ou mesmo se já nos encontramos e estamos nos conhecendo, ou se até já nos separamos. Não é isso o que mais importa.

O realmente importante disso tudo é a certeza de merecer amor, de que existe alguém nesse mundo que será capaz de dá-lo, de segurar minha mão em momentos bons e difíceis, de receber de bom grado o que tiver para oferecer. Alguém para partilhar comigo a estrada, não à frente e nem atrás, porque quero (e preciso) é ao lado.
Afinal, second best is never enough, I'll do much better on my own! 

(Don’t go for second best baby/ Put your love to the test / You know, you know, you’ve got to / Make him express how he feels / And maybe then you’ll know your love is real...)

Monday, July 26, 2004

Puppets!!!

El Pupo veio me ver!!!!

Pupo, eu também estou achando um horreur esse sistema de comments.

Xingue você também o sistema de comments no... sistema de comments.

Mel e banana

Não sei o que andam fazendo nos comments, mas entraram aqui procurando por mel e banana.
Eu hein. Mel, banana, Hanna-Barbera... daqui a pouco aparece algum dos anões besuntados do Luis Fernando Veríssimo, uma loira de trajes sumários com capacete de bombeiro e alguém indefinido numa fantasia pelúcia de Urso.

Wednesday, July 21, 2004

The Texas Chainsaw Massacre

(aka *O Massacre da Serra Elétrica* (!)  Santa loja de ferragem, haja extensão!)

Súmula parcial do jogo: Lide cheia de meandros. Pegando à unha aqui, há horas. Efeitos colaterais: dor de cabeça, de estômago, nas costas e a deliciosa e inconfundível sensação de frustração e profunda inutilidade.
Last score:
 Motosserra 10 X Belly ZERO
 
Amanhã te pego de jeito. Ah, se pego. Aguarde.
Vai ser de goleada, e na casa do adversário.
 
(que o mais importante na vida, todo mundo já sabe o que é: os *trêis* ponto!)

La Garbo

Esqueci de pagar a conta do telefone do mês passado.
Freud explica.

Playing in the Fields of The Lord, Part III - "mas você não quer uma ma-ÇÃÃÃ?"

Trabalho na casa dos meus pais (aqui há PC), cachorro pitbull furioso e grande para ser destrinchado, estripado, lavado, curtido e ensacado para amanhã.
Horas no micro. Horas lendo. Carne de pescoço - catando à unha as sub-repticiedades.
Necessidade de algo doce na boca. Mas essa não é a minha casa, teria algo doce aqui?

Vou até a cozinha. Meu pai me segue, mania dos infernos, por que ele não pode me ver sozinha na cozinha?

--> já devia estar esperando, mas sempre me surpreendo: eu me sirvo, ele vê o pratinho com um simulacro minúsculo de orelha-de-macaco, ou palmier, ou whatever you call it, e diz, AS ALWAYS:
 
 - Mas você não quer uma ma-ÇÃÃÃ? (isso significa: você DEVIA era comer uma maçã, ma-ÇÃÃÃ, sua GORDA. é. o assunto número um do meu pai comigo é me chamar de gorda. se eu morresse antes, ele abriria o caixão para aquela clássica ajuntada dos restos mortais e gritaria: "GORDA!!!!")
 
(Dad, think twice. It's just another day for you / you and me in pa-ra-dise. Tãn-tãn-nãn-nãn-nãn-nãnãn / just think about it.)

Tuesday, July 20, 2004

Livro aberto

Estive aqui para fazer o Book Quiz.
Descobri o óbvio: sou infantil e chata. Mira acá:


You're Anne of Green Gables!
by L.M. Montgomery

Bright, chipper, vivid, but with the emotional fortitude of cottage cheese, you make quite an impression on everyone you meet. You're impulsive, rash, honest, and probably don't have a great relationship with your parents. People hurt your feelings constantly, but your brazen honestly doesn't exactly treat others with kid gloves. Ultimately, though, you win the hearts and minds of everyone that matters. You spell your name with an E and you want everyone to know about it.
 
("emotional fortitude of cottage cheese"?????)

O tempo passa, passa. Tudo passa, passa. Continuo a mesma. Fico me sentindo a personagem da Kirsten Dunst no Entrevista com o Vampiro.

(oh, my. I want some MORE!)

Monday, July 19, 2004

Oh, Legionella!

 
O Chefe contou-me a história da Legionella. Disse-me que a bactéria tem esse nome por causa dos Legionários - da Legião Estrangeira Francesa, isso mesmo.
Eles se reuniam de tempos em tempos em um hotel no deserto africano, para fazer aquilo que os homens fazem tão bem e as mulheres quase nunca entendem - rememorar os feitos gloriosos de outrora e, assim, reafirmar os laços de fraternidade que os seres do sexo masculino têm desde antes do nascimento. Dito hotel ficava no deserto, clima muito inóspito. Para conforto dos hóspedes, tinha todo um sistema de ventilação e climatização.
Curiosamente, após um desses encontros, todos os então legionários começaram a morrer. Uma doença inexplicável lhes acometia e eles feneciam. Criaturas detetivescas elaboraram mil e uma conjecturas, mas a correta era aquela que levava ao hotel. O sistema de climatização, tão agradável, podia ser mortal. Na água que se condensava nos aparelhos de ar condicionado criavam-se condições extremamente propícias à proliferação das Legionellas. E elas, por não saberem fazer outra coisa, proliferavam. Cresceram e se multiplicaram e infectaram lindamente os pulmões de todo mundo no hotel, via aérea.
 
Pois é. Não sou legionária. Não estive em hotéis ou afins. Não tenho ar condicionado na minha casa. No trabalho, ninguém liga aquele aparelho que fica na minha sala. Preferem-se as janelas abertas.
 
O que diabos, então, esse bicho está fazendo nos meus pulmões?

Friday, July 16, 2004

If we could buy it now, how long will it lasts?

Disclaimer: esse é um post amargo. Depois não diga que não avisei.
 
*Pária* e *resiliência* são palavras que não rimam mas andam juntas.
Sempre fui pária em minha própria família. De pequena, aprendi a arte de ser pária em toda e qualquer relação afetiva/social/econômica/laboratícia. Como os tristemente escolhidos para Samurais - afinal, o que faz um Samurai, senão empregar todo o seu ser para salvaguardar um traseiro que nem mesmo é o dele?
Por isso tamanha resiliência aos diversos coices que a SIPA insiste em imprimir aos meus flancos. Acostumei. "Vais me chutar o rabo? Rá. Diga-me algo que eu ainda não saiba, ó pá."
 
Afinal, quem é criado in a glass intimacy ( = "sim, estou aqui, vc está aqui, estamos todos aqui, mas você é VOCÊ e por isso não é nossa, você é SUA e não te queremos, vc é estranha") aprende que só é real aquilo que tem força e auto-suficiência necessárias e suficientes para romper as barreiras do Vidro. E, por conseqüência, aprende-se cedo que os sentimentos reais causam tremendos estragos. Cedo demais.
 
Então, por que diabos ainda me surpreendo quando mais uma vez me vejo pária dos meus? Será que já não é hora de desistir de ser um membro fake do Clan of  The Cave Bear?
Que fiquem eles todos com seus segredos e ritos e cânticos e imagens sagradas e histórias e mitos. Resigno-me em ser A Cronista e manter distância, pois se tem uma coisa que O Pária Resiliente sabe é pegar sua bolsa e ir-se embora.
 
(meu bem, quando olhar para esse lado aqui de novo, eu já estarei longe. cuide-se e esqueça.)

Information Society

[Conversa em curso]
....
Belly - Ah é. Eu não acho. Eu gosto de louras! Louras são tão lindas!
Chefe - (!!!)
Belly - ... queria ter uma filhinha loura e pentear aqueles cachinhos dourados...
Chefe [interrompendo] - Mas me diga uma coisa: você é gay?
Belly - Hã?
Chefe - Gay. Você é gay?
Belly - Mas por que essa pergunta? Pareço gay?
Chefe - Não, não é porque parece ou não. Apenas gostaria de saber.
Belly - Não. Não sou gay. (...) Ainda.
Chefe - Ah, bom.
Belly - Por quê? Teria algum problema se eu fosse gay?
Chefe - Não, claro que não!!! Mas se você fosse, eu quereria saber antes dos outros! Afinal, você trabalha para mim e eu sou o último a saber?
Belly - (???) Tá bom. Se um dia me tornar gay, prometo que o senhor vai ser o primeiro a saber. Certo?
Chefe[sorrindo feliz]  - Certo!  

Se você acha que Belly parece sapa, clique nos comments e digite "SAPA".
Se você acha que Belly parece não-sapa, clique nos comments e digite "NÃO-SAPA".
 
Porque aqui, o final, VOCÊ DECIDE!
 
Update: nesse meio tempo,  Pupo me convidou para usar o *Travsroom*. Pansexuality rules!

União sub-reptícia

Na quarta (14) estava doentíssima e fui trabalhar. Resultado: passei muito mal, muito mal mesmo . De uma forma indisfarçável e nada bonita.
 
Após esse *passamento* todo, a surpresa: miríades de confissões saídas do âmago do ser que assistiu esse triste espetáculo escatológico. Tudo o que nos faz humanos. Tudo o que guardamos escondido de todos, inclusive (e principalmente) nós mesmos. Momento confessional total.
 
A inerente humanidade e fragilidade da situação vomitante deve ter dado uma sensação tão plena de intimidade com o interlocutor que ele próprio passou também a revirar suas vísceras, embora num sentido bem mais poético. Houve uma cumplicidade absoluta e ele soube que todas aquelas palavras seriam sagradas e invioláveis.
 
Só é uma pena que o catalisador seja tão desagradável. E nojento.

No llores por mi!

Estou passada com o resultado desse quiz aqui, gafañotado d'El Pupo y El Fofo.
 
Cruises. Elles lleron mi alma! Mira, acá:
 
You're Chile!

You're really skinny, and kind of bumpy in frame, but you're not as rough a person as you used to be.  You like long, long, long walks on the beach and avoiding having your rights violated, just like anybody else does.  You're even willing to stand up to those with more power and influence than you, trying to bring them to justice.  Fight the man!
 
(yeah. I was born to *fight the man*.)
 
Vai lá, baby, ver que país vc é. Depois conta, aqui e .
 
--> Update: quando conseguir ultrapassar a linha da miséria, vou ser issaqui, ó:
 
You're the United Nations!
Most people think you're ineffective, but you are trying to completely save the world from itself, so there's always going to be a long way to go.  You're always the one trying to get friends to talk to each other, enemies to talk to each other, anyone who can to just talk instead of beating each other about the head and torso.  Sometimes it works and sometimes it doesn't, and you get very schizophrenic as a result.  But your heart is in the right place, and sometimes also in New York.(hohohoho)
 
(aaah, não dá vontade de cantar *Imagine*?)

Tuesday, July 13, 2004

Éramos felizes

Chegando à casa dos meus pais, recado na porta do elevador:

Horários do Edifício *****: (seguem-se vários horários)

Uso do salão de festas: até às 23h45min, com tolerância máxima de 15 minutos.

23h45min????

(ah. não pode fazer barulho.)

Lembram-se dos tempos da reunião dançante? De dançar colado e apertar o outro ser ao máximo, ao som de qualquer música melosa, como Take my Breath Away? De não dançar em absoluto e ficar olhando aquele(a) menino(a), ambos cheios de medo e desejo?

[especialmente quando era *socialmente inadequado*]

Digam-me, como os jovenzinhos entupidos de hormônios titilantes, que ora imitam Alisson Gothz no meio da rua, ora gritam "b***ta!!" a plenos pulmões no escuro do quarto, vão poder encontrar seus companheiros e promover aquele maravilhoso encontro de carnes frescas, jovens, rosadas, paradoxalmente ainda cheirando a leite e já precisando de desodorante?

Este mundo está mesmo ficando uma droga.
Em vez de descobrir as delícias da vida de uma forma natural e não-traumática, a idéia é fazer todos se sentirem inadequados e feios, e fazer ainda mais dinheiro com isso.

(*money makes the world around* my ass.)

Em tempo: se vc quer ouvir as pérolas que embalavam nossos sábados à noite, vem cá!. Tem várias opções. Divirta-se. :D

Monday, July 12, 2004

Oder Ich

O que você acha de comer salsicha, lingüiça, enlatados e todo o gênero de embutidos fabricados por uma empresa de origem germânica cuja tradução literal do nome fantasia é algo como "Outro Eu"?

Não dá medo?
Não soa canibalesco?

Considere, ainda, que a marca se firmou no mercado com as abomináveis *Salsichas Tipo Viena*, que tem jeito, cara e sabor de necas matí subdesenvolvidas.

Gaúchos e familiarizados com a literatura sul-riograndense: estariam esses industriais, magnatas da carne enlatada, debochando dos hediondos Crimes da Rua do Arvoredo?

Friday, July 09, 2004

Hm?

Alguém entrou aqui procurando por *Hanna-Barbera*.
Desculpa, mas achei o cúmulo do mau-gosto.

(*Hanna-Barbera* não soa pervertido para vocês?)

Thursday, July 08, 2004

*Martela, martela / Martela o martelão*

OK. Imagine um baile funk repleto de moças funkeiras. Visualize aquela massa de meninas dançando funk. Sim, com a mão na região intermediária entre a cintura e a polpa do glúteo, agachadas como cachorras fazendo pipi [será que é daí que vem o apelido *cachorra*(???)], balançando o quadril para frente e para trás - ou para baixo e para cima, daí depende um pouco da interpretação do freguês (e da destreza da dançarina).
Passada a febre do funk-chic, somente as meninas das so-called classes "C" e "D" deram seguimento a esse tipo de entretenimento dançante. Essas moças não contam com certos confortos da vida moderna, como ter veículo próprio, e não raro precisam deslocar-se bastante para trabalhar. O resultado é que vejo muitas delas no trem que eu, também nada abastada, uso para ir ao serviço.
Os bancos do trem podem ser de matar. Se a criatura trabalha jornadas longas (como eu) num lugar distante (como eu) o resultado é que o nervo ciático vai voltar gemendo para casa todos os dias, cada vez mais alto no correr da semana, até que na sexta-feira ele estará URRANDO.

Isso explica, em parte, o passo da *cachorra urinante*: o agachamento com a projeção do quadril para trás (=bunda arrebitada) ALONGA os músculos da região lombar, inclusive o glúteo máximo (o que faz o fofo da polpa gluteal) e até um pouco do glúteo médio (fica ali nas redondezas onde o culote adora se instalar). O efeito: alongados, os músculos vão soltando o nervo ciático, que estava pinçado/esmagado/amarfanhado pela musculatura tensa, decorrência de um estilo de vida pouco saudável e submetido aos punhos férreos do Taylorismo que assola os paisecos pseudo-capitalistas (como o Brasil).

O nervo ciático, que resmungou, gemeu e urrou a semana inteira, se esbalda no baile funk.

É o primeiro método automassagístico-fisioterápico 100% nacional!

(se as Organizações Tabajara patentearem isso, vou cobrar meus royaties)

Akira Kurosawa adverte

Perto de onde trabalho tem uma padaria.
Como é uma cidade mezzo-interiorana, a padaria é como só as padocas do interior (ou, no caso, do mezzo-interior) sabem ser: hipnotizantes e abdutoras.
Hoje é o segundo dia em que como sonho de doce de leite comprado na padoca maligna criminosa. Tá certo, comi só meio prato pequeno de arroz com feijão no almoço e esperei umas três horas até atacar aquela delícia açucarada.
Mas mesmo assim, as coisas não podem continuar desse jeito. Um sonho por dia fará de Belly uma baleia.

(ooo life, cadê aquela sílfide bacante que fui aos treze anos, quando podia comer três barras de chocolate Laka numa tarde de chuva-cama-livros (e chocolate, claro) sem sofrer represálias metabólicas?)

Wednesday, July 07, 2004

Take on me

Vem cá, moedinha
eu serei seu Tio Patinhas
mas na redoma não vou guardar
vou é levar para todo lugar

De dia, de noite, na madrugada
para comer, sorrir, contar piada
para dançar e fazer amor como loucos
depois rir abraçados, bem bobos

Com o fundo do poço sou acostumada
já rolei em muita lama ao longo da estrada
se do glamour você puder abrir mão
estarei aqui sorrindo, onde os insetos estão

Nunca tive vocação para Cinderela
das moças, nunca fui a mais bela
boa é a liberdade ao pé da lareira
é dura e firme e alvissareira

Pois do que é firme é que se tiram as boas novas
dali se parte para lutas, torneios e provas
que na vida enfrentamos, dia após dia
e nos torna dignos, e nos dão alegria

Está feita a proposta e, se você quiser
esperarei - o tempo que puder


--> porque, mesmo quando tudo dá errado, algo acaba dando certo. mesmo que não seja para você.

Steamy window

Por que será que adoro deixar as janelas SEMPRE abertas?

(isso dá cada problema...)

Monday, July 05, 2004

Fome de amor

Não sei por que, mas estou em profundo e franco desespero por camarões e a única coisa em que consigo pensar é no Calamares.

(tá, vai. este aqui ó tem preços mais camaradinhas e eu encararia com o mesmo amooooooooooor)

--> e tantos processinhos sorrindo amarelinho e me olhando. agh.

Saturday, July 03, 2004

Long steam roses *are* the way to my heart

Depois de ter me julgado abandonada, traída, de ter me sentido a mais desgraçada das criaturas, sem carinho, sem coberta, reclamando baixinho (por horas) no tapete atrás da porta, a redenção se materializou na forma de duas dúzias de rosas tão opalescentes e rubras e belas que mesmo eu, a Ogra do Shrek, não consegui carregá-las sozinha até a minha casa.

Sorrindo feliz até agora aqui - esse vai ser um veeery long lasting (secret) smile.

Ah, fiquei tão triste pensando que agora só ia adorá-la pelo avesso. Que bom que você sabe onde fica o botão de rewind da bagunça do meu coração.

Love, always.

--> Disclaimer: esse é sim um post de amor, mas não do tipo que vocês estão imaginando. That's *Vegan* Love. ;D